Queria estar sonhando,
A história que estou contando,
Presenciei na vida real.
O que na vida foi construído,
Num instante está perdido,
Exclamou a mãe passando mal.
Encontrei o pai desesperado,
Antes que tenha perguntado,
Chorando ele me disse.
Aquele homem é meu filho! O Beto,
Daria-nos o primeiro neto,
E ao lado a esposa Clarice.
Nossos filhos e a única filhinha,
Tão linda e já uma moçinha,
Perderam as vidas muito jovens.
O namorado é aquele perto,
O outro de olho aberto,
O caçula conduzia o automóvel.
Perderam a vida neste acidente,
Fiquei eu e esposa doente,
Sem mais um filho junto.
Se colocarmos vela e uma cruz,
As velas substituem do sol a luz,
Acendendo uma cada defunto.
Das cruzes formaria uma mureta,
Ao longo da estrada preta,
Que carrega a cor do luto.
Quanta dor e quantos ais,
Se filhos ouvissem os pais,
Ninguém colhia esses frutos.
Falávamos com insistência,
Filhos não cometam imprudência,
Apenas nos olhavam e sorriam.
Sem habilitação e sinto,
Só aqui foram mais de cinco,
Tantos outros assim dirigiam.
Quantas mortes teriam evitado,
Se conduzissem com cuidado,
Respeitando indicações, leis e sinais.
Se pudessem voltar o passado,
Sem contar com mutilados,
E os que não veremos já mais.
Cada historia seriam diferentes,
Os motoristas mais conscientes,
Na estrada andariam educados.
Equipamentos necessários usariam,
Indicações e advertências respeitariam,
Com o sinto no banco amarado.
Se a placa quarenta por hora tem,
Não corriam mais de cem,
Naquela curva acentuada.
Tão pouco ultrapassava,
Sem visão aventurava,
Pra ouvir dos pneus a cantada.
Testar do carro a estabilidade,
Correndo alta velocidade,
No último cambio da caixa.
Pra não perder o embalo,
Passava todos os carros,
Sendo dupla ou continua a faixa.
No volante embriagado,
Menor e sem cuidado,
Resolveu provocar um racha.
Por que outros estavam vendo,
Cavalinho de pau saiu fazendo,
Na mão o litro de cachaça.
Jovens estavam gritando,
Aplausos incentivos assobiando,
Ele sentindo-se herói.
Rumo outra cidade acelerando,
Aos pais acabaram deixando.
A dor no peito corrói.
Eles partiram sem volta,
Minha maior revolta,
Quem pensa ser imortal.
Transito não é status, aparecia,
É falta de consciência,
Somos todos, frágeis igual.
O recado que vou deixar,
Depois não adianta chorar,
Vida não tem conserto.
Este desespero presenciado,
Daquele pai abalado,
Dos seis mortos que estavam perto.
http://poetadaterra.blogspot.com/
Clairton Buffon, Chapecó, 10 de Março de 2010.
ola belos belloo beellllooooo...
ResponderExcluirgostei dessa pagina heheheheh...
ResponderExcluirboa inicitaiva...
vá em frente e divulge.
abrçs
Cara... é a realidade d muita gente e iresponsabilidade de muitos jovens... seria bom que tdos lesem esta tua poesia
ResponderExcluirClairton , Parabéns pelo seu trabalho, suas poesias são tão verdadeiras quanto vc ...bjs
ResponderExcluirmuito real e conscientizante;
ResponderExcluirparabens!
http://sitedepoesias.com
ResponderExcluirinfelizmente ainda existem animais,
que acham que correndo é a melhor forma para
ser o "bonzão".
Ótima poesia!
excluir
daniel d l
danieldani27@gmail.com
29/08/2010
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http://sitedepoesias.com
ResponderExcluirNossa essa sua poesia faz vim na mente a imagem do que hoje é a realidade dos adolecentes, se mostram uns para os outros no intuito de serem "aceitos" na sociedade e eles nao tem a menor idéia de que essas besteiras acabariam prejudicando não só a vida deles mas de muitos outros.
resumindo uma poesia muito boa que faz com que nós reflitamos para a realidade que nos cerca, esperamos que os jovens leiam e entendam o significado.
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Digo
rodrigo.buffon@hotmail.com
12/08/2010