Seja Benvindo ao Blog do Poetadaterra Poeta e Compositor; Clairton Buffon

Todos os Direitos Autorais Reservados Pelo Autor e Compositor destas Poesias e Musicas.

Fotos Assentammento 30 de Outubro Campos Novos- SC. Reforma Agrária também é beleza, é Natureza...

Fotos Assentammento 30 de Outubro Campos Novos- SC. Reforma Agrária também é beleza, é Natureza...
Local que Clairton Buffon é assentado

AOS AMIGOS, COMPANHEIROS, CAMARADAS

Aqui você faz parte, pois estamos constantemente ensinando e aprendendo

Sempre terá o novo amanhecer. Observe ele está no horizonte! Sonhe, acredite, lute, conquiste, mude

Sempre terá o novo amanhecer. Observe ele está no horizonte! Sonhe, acredite, lute, conquiste, mude
O amanhâ pertence a quem faz o novo amanhecer acontecer, disperta, levanta vai faça tua nova alvorada, ela será mais linda que as trevas

Ocupação do MST-SC nas terra da União cedidas ao exército em Papanduvas 15 de Abril de 2007



Quem e quais intereses o estado defende???

Impunidade... Carajás até quando???

Impunidade... Carajás até quando???
Fruto do capitalismo...sonho e vidas interompidas...

Querer trabalhar é crime! Matar a fome..homicidio é culpado!! Lutar pela Vida, o preço é a morte!!!

Querer trabalhar é crime! Matar a fome..homicidio é culpado!! Lutar pela Vida, o preço é a morte!!!
Impunidade até quando??? No dia 17 de Abril de 1996, 19 Sem Terras são Assassinados em Eldorado dos Carajás pela Policia no Estado Pará

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ORAÇÃO DO VIOLEIRO

Peço a todos agora louvar,
Pedindo pra Deus abençoar,
Todos aqui presentes no encontro dos violeiros.
Erguendo a viola e o chapéu,
Pedimos que a bênção que derrama do céu,
Também banhe todos os terreiros.

Pois foi lá onde tudo começou,
No cartão rodas de cantor e tocador,
Cantavam a vida da roça na humildade.
Os sertanejos rimando as palavras,
A esperança do caboclo alimentava,
Movido pela esperança e fé na divindade.

De mãos dadas defendemos a musica raiz,
Sou amante dela e fico muito feliz,
Quando vejo alguém na viola abraçado.
Não deixaremos destruir esta historia,
Abrimos o peito celebramos as glorias,
Agradecendo a Deus, á terra e a quem faz o roçado.

Clairton Buffon, Chapecó, 17 de Novembro de 2010.
http://poetadaterra.blogspot.com

CONVITE AO POETADATERRA

Num congresso convidaram, o poeta em especial.
Interlocutor humano, com o mundo animal.
O apelo que fizeram, não deixar que o capital.
Destrói o nosso planeta, por interesse comercial.
Pois seremos todos extintos, o planeta deu sinal.
Pagaremos as conseqüências, do aquecimento global.

A gralha azul recordava, a imensidão dos pinhais.
O sabia sem alimento, sem serrado e manguezais.
A arara também dizia, que seus filhos não viu mais.
O tucano estava chorando, porque mataram os seus pais.
Beija flor perdeu a função, poucas flores naturais.
O pica pau sem procriar, destruíram seus berçais.

Disse o lobo marinho, que o mar esta enchendo.
O simpático urso polar, e as geleiras derretendo.
Em corro animais selvagens, matas desaparecendo.
Tatu não encontra a toca, as serras estão descendo.
Sem morada os insetos, das lavouras sobrevivendo.
Andorinha não quer voltar, de frio no verão tremendo.

Os recursos naturais, subiram no palco pra dizer.
A terra esta com fome, retiraram tudo sem proteger.
Envenenaram as nascentes, rios de sede vão morrer.
O ar esta sufocado, sem controle e direção a correr.
O sol queima e arde, sempre mais a aquecer.
Leve este manifesto, pois nós queremos viver.

Atenção ó mundo racional!!! Da ganância e a ambição.
O que pretendem deixar, pras futuras gerações?
De que vale o vosso ouro, conforto, luxo e prazer?
Se tiraram do planeta, o direito em sobreviver...

Clairton Buffon, Chapecó, 18 de Novembro de 2010.
http://poetadaterra.blogspot.com

A SEMENTE:



Um broto rasgando o chão
Brota folhas, nos galhos botões,
Beija-flor borboletas, abelhas e zangão
Cheiro da mata aroma exalado,
Ninhos de pássaros nela pendurados,
Alimento do fruto sabor, ar purificado.

O João de barro faz a morada,
A raiz protege a mão-pelada,
Harmonia da integrada natureza.
Parasitas abraçados, selva completa,,
Em seus pés de relva repleta,
A réstia do sol contempla a pureza.

Vejo esta arvore derrubada,
Em pedaços esta toda cortada,
Com o progresso foi transformada.
A pinguela o portão, a caixa do caminhão,
Cabo da enxada, casa, cerca e morrão,
O altar, a mesa, lenha, do defunto o caixão.

Tamanco, cadeiras, do palácio a janela,
No tribunal o martelo, no rancho tramela,
Papeis oficiais, o lápis e a gamela.
Forquilha do bodoque, carteiras na escola,
Do sapato, da borracha a sola,
A tinta extraída, e o braço da viola.

A natureza, um ciclo completo e perfeita,
A cada ano uma nova colheita,
Vestuários, remédio, nada rejeita.
Da madeira, temos a proteção e comida,
No campo ou cidade,... da fonte extraída,
O berço, embrião a existência da vida.

Clairton Buffon, Chapecó dia 05 de Novembro de 2010.

ESTE CHÃO


Foi neste chão
Não foi em outro lugar
Foi neste torrão
Que eu cheguei para ficar

Nessa terra pretendo
Criar os meus filhos
Essa terra não vendo
Nela plantarei feijão e milho

Essa terra tinha dono
Mas ele não sabia usar
Ela estava no abandono
E nós chegamos pra ocupar

Se a justiça não funciona
E o povo cansou da espera
Pegamos os barracos de lona
E viemos ocupar esta terra

Terra é muito mais que propriedade
Na terra se constrói vivência
Ter terra é ter liberdade
Ter terra é ter decência

Nessa terra que escolhi
Meus filhos vou educar
Quero que permaneçam aqui
E nesse chão possam trabalhar

Que nesse chão tenham lazer
Que também tenham oportunidade
Com saúde para crescer
Sem ficar dependendo da cidade

Em harmonia com a natureza
Nessa terra vou plantar
Este é meu chão com certeza
E com o futuro posso sonhar.
Autor: Vanderlei Lombardi

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

BRINCADEIRA PERIGOSA


Nessa brincadeira de gente grande
Que brinca com nossa liberdade
Mesmo que o capitalismo mande
Não vai roubar nossa dignidade

Brincam com nossa vida
Se mostrando bem bisonhos
Mas a luta não está perdida
Não vão roubar nossos sonhos

Se quiserem nos dividir
Para isso digo não
Vamos é nos unir
Para defender o nosso chão

Brincam com nossas necessidades
Também com a água e o pão
Levando milhares a mortandade
Empobrecendo nossa nação

Querem nos ferir e matar
Roubando nossa integridade
E destruindo nosso lar
Tudo em nome da propriedade

Mas digo para esses fariseus
E para sua força bruta
Que do nosso lado está Deus
Nossa união e nossa luta


Nossa luta vamos vencer
Pela força ou pela teimosia
Nada temos a temer
É justa nossa ideologia

Acreditamos na verdade
Pois ela nos dá razão
Lutando no campo e na cidade
Para gerar transformação

Somos pobres, negros, Sem Terra
Homossexuais, índios e mulheres
Todos acreditamos nessa guerra
Lutando por dias melhores

Nossa luta é contra a opressão
Disso eu estou convencido
Já sei a solução
Ela está nas mãos do oprimido

Você deve compreender
Que nada nos assusta
Pois quero ver nascer
Uma sociedade mais justa

Se me chama de rebelde
Eu bem sei que tem razão
Mas direi para que serve
Minha humana indignação

Se rebeldia for lutar
Buscando transformação
Rebelde vou continuar
Você gostando ou não

Para situação mudar
Sempre se busca solução
Primeiro se deve acabar
Com o que chamam de alienação

Só quero lhe falar
Que você seja inteligente
Todo mundo pode ajudar
A construir um mundo diferente

Pode ficar revoltado
Seja alguém de atitude
Só não pode ficar parado
Esperando que tudo por conta mude

Autor: Vanderlei Luiz Lombardi

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Heróis ou Opressores?

Um nato continente,
Por indígenas habitado.
Os mais antigos dos humanos,
neste torão abençoado.

A era dos 500 anos,
Só o que contam na história.
Ignorando os acontecidos,
Chacinas, extermínio são glorias!

Tupinambas, xoklengues, caigangs,
Tupi guaranis e outras tribos.
Muitos povos da selva,
Os considerados nativos.

A historia é contada,
Por dominadores da informação.
Se orgulham desbravadores!
Vencer flechas com canhões.

Sóis vocês os heróis verdadeiros...
Deram a vida por esta terra.
Com honra e bravura resistiram,
Enfrentaram a repressão da guerra.

O conhecimento empírico,
dos sábios da natureza.
Os canibais acreditavam,
Em obter força e a pureza.

Enganados pela visão do espelho,
O petróleo queimando no mar.
Iludidos com o sobrenatural,
A intenção era domesticar!

Uma necessidade do capitalismo,
No brasil a abolição.
Na Europa são vomitados,
Poloneses Italianos e Alemães .

Falsas promessas que os enganam,
tomar posse no sul do sertão.
Não estavam acorrentados,
Mas, outra a logica de escravidão.

Os sertanejos do contestado,
De foice enfrentaram avião.
A revolta dos colonos legado,
Guerra do paraguaí, envergonha a nação.

Os pelados resistiram,
Farrapos outra invenção.
quando o alvo não é povo!
São usados, interesse do patrão.

No período sanguinário,
Da ditadura militar!
A raiz das ligas camponesas,
Começa a florir, a brotar.

Nunca temerá a morte.
Quem, a fome tem pra matar...
Macali, e Brilhante,
Os Sem Terra foram ocupar.

São vários movimentos,
Que levantam essa bandeira.
Lutando por paz e justiça,
Sem limite de fronteiras.

Clairton Buffon,
Chapecó, 02 de Outubro de 2010.

VEM EXPLICAR...

O tempo é momento presente vivido, o futuro e o passado não existirá!
Quem nasceu primeiro? A verdade ou a mentira? A saudade ou o tempo? Ele saberá...
O passado, é o que temos vivido! Pois ele para traz nunca voltará!
No futuro jamais chegaremos! Porque o presente, sempre existirá!
Existe a alegria, oposta á tristeza! Feiúra ou beleza, amar ou odiar...
Será que a verdade é mentira? Mas a mentira é verdade! Á quem interessar.

De alguém que viveu no passado, nós fomos encarnados, logo ao nascer!
Se depois da morte, outra vida terá! Existir na terra, será que é nascer?
Pra chegar ao céu, eu devo subir! Que horas? E por aonde ir sem errar o lugar?
A terra é redonda e esta girando! Rumo ao céu vou andando, e se no inferno eu chegar?
Veja o rastro do vento, que em seu movimento vem tudo arrasar!
Será igual pensamento, também sentimento? Sem ver ou pegar.

A água sobe no ar, com o frio ou calor, se torna vapor, pra terra molhar.
Nela brota a semente, que é o fruto do fruto, da semente de quem vai brotar!
Três quartos de água o planeta é formado! Em que energia engrenado, que o faz girar?
Como não tem parado? A água derramado, ou mesmo nela afundar?
Água que verte debaixo da terra, descendo a serra! E terra no fundo do mar.
Na terra tudo é formado! Depois de um ciclo passado, irá pra terra voltar.

Clairton Buffon, Chapecó, 28 de Outubro de 2010.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Edson e Alison


É a juventude que preserva a cultura e busca alternativas, Alison é filho de João (catador de papel com uma carroçinha puchada pelo cavalo, morador de uma comunidade humilde em Chapecó SC), Irmão do Compositor Argeu que é Pai do Edson Parceiro de Alison, formando a dupla Edson & Alison

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ALBUM DE FOTOS

ALBUM poetadaterra


































SIMPLESMENTE PÃO


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

INDOMAVEL

Sou descendente de nativos,
A selva minha identidade,
Viver da caça e pesca,
Da coleta e na liberdade.
Destruíram este conjunto,
Tudo é privado, propriedade
Escravos da “civilização”,
“Progresso”, “confinamento”, cidade.

Sonho com este paraíso,
O sabor puro da terra,
Aqui o sol queima na lajem,
Poluição e motores que aceleram.
Impregnado na mata infinita,
Barulho do arco, lançar a flecha.
Muitas portas e janelas,
Aqui batem e se fecham.

Íntegros do eco sistema,
Harmonia com fauna e flora.
Viver nas ruas e calçadas,
E pra comer pedir esmola.
Vivendo entre a loucura,
Nada conheço deste mundo.
Nos exploram com outra cultura,
E para o mercado somos vagabundos.



Clairton bufffon, Chapecó, 31 Agosto de 2010
http://Poetadaterra.blogspot.com

BRASIL DE DUAS CARAS

O que vou falar pra vocês, podem crer que é verdade!
As leis do nosso pais não ampara a sociedade.
É meu alerta para o povo cá do campo e da cidade,
Viver na extrema miséria não é destino da divindade.

São desbravadores heróis, quem destruiu o continente,
Mataram todos os índios, quanta maldade desta gente.
Escravizaram os negros e dos europeus os descendentes,
E a força de trabalho explorada também segue daqui pra frente.

Destruíram todas as matas e as águas envenenadas,
Já ta virado deserto na terra não mais nada.
É só estrangeiros e banqueiro que a detém concentrada,
E muitos sem terras morando nas barrancas das estradas.

A fome matando gente, poucos controla o capital,
São as chamadas regras do mercado neo liberal.
Vida humana mercadoria vale menos que animal,
Diante de deus e aqui na terra um dia seremos todos iguais.

Meus versos são verdadeiros é preciso acreditar,
O criador do mundo aqui nunca irá voltar.
Deu ao homem a inteligência, cabe a nos se libertar,
Ate quando estas maldades nós teremos que agüentar.


Clairton Buffon, Chapecó, 26 Setembro de 2010.
http://poetadaterra.blogspot.com

terça-feira, 21 de setembro de 2010

ORGULHO DE SER CAMPONES

Pouco sei da escrita
Mas do campo sou poeta
Não sei dessa gente esquisita
Que pela cidade anda inquieta

A natureza tem poesia
É assim que sou feliz
Na simplicidade do dia-a-dia
Encontro à vida que sempre quis

Minha vida é minha terra
Valem ouro meus vizinhos
A vivência é mais sincera
E há flores pelos caminhos

Aqui tem fruta no pé
E tem bicho pra todo lado
Banho de rio pra quem quiser
Sem medo de estar contaminado

Só por que sou camponês
Alguns até fazem troça
Mas queria só uma vez
Te ensinar a fazer roça

Se reparas no meu jeito
E não sabes compreender
Não percebes que o meu respeito
Vale mais que o teu saber

Não sou o Jeca atrasado
Que muitos querem lhes mostrar
Do mundo sou letrado
Não me deixo enganar

O perigo eu bem sei
Está a ameaçar
Até usam a lei
Para seu mal justificar

Meu grande inimigo
É o tal agronegócio
Pra natureza é um perigo
Enchem tudo de agrotóxico

Destroem em nome do capital
Devoram até a cultura
Matam animal e vegetal
Matam com a monocultura

Querem tudo comprar
Tudo é questão de dinheiro
Contaminam terra, água e ar
E o que se produz mandam pro estrangeiro

Vou dar minha opinião
Mesmo sem ela ser pedida
Quem vende seu chão
Vende junto a sua vida


Autor: VANDERLEI LUIZ LOMBARDI




quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Assentamento 30 de Outubro, Campos Novos- SC










Observem um latifundio improdutivo só tinha barba de bode (capim) a foto na sua esquerda é após 5 anos de assentamento e a foto na direita 13 anos depois. Os Assentamentos da Reforma Agraria...preservam a Natureza e cuidam do Meio-ambiente, VIVA o MST

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

@ = VERSSOS QUE EU NUNCA FIZ

Vou falar nesta poesia,
De versos que nunca fiz.
Sou defensor deste torrão,
Sou filho do meu país.

Água aqui, em abundancia,
Minérios, clima tropical, céu anil.
Terras férteis, matas típicas,
Riquezas naturais do Brasil.

Ver teus campos verdejantes,
Flores colorindo serras.
Gente fundida á natureza,
E paridos por esta terra.

Aqui a alvorada é dos pássaros,
Ver os peixes no fundo do rio.
A leve brisa que toca minha pele,
Inverno, verão, calor e frio.

Nosso povo miscigeno,
Característica da Nação.
Não importa a cor ou crede,
Nos somos todos irmãos.

Esporte, folclores e culinária,
Um patrimônio cultural.
Povo hospitaleiro e educado,
Solidário e imortal.

Um encanto geográfico,
Grande extensão territorial.
Sou patriota e preservo,
Os recursos naturais.

Sou poeta desta terra,
Á amo como amo à mim.
Beleza iguala a inspiração,
Como o aroma exalado do jasmim.

CLAIRTON BUFFON, Chapecó, 08 de Setembro de 2010.
http://poetadaterra.blogspot.com/

@ = A VACA FIGUEIRA

Vou contar uma historia,
Que não gosto de lembrar.
Uma vaquinha afamada,
Mas me obrigo relatar.
O nome dela figueira,
Baixinha mas respeitada.
Encheu de gado o potreiro,
Todo ano ela criava.

Mal clareava o dia,
Nela o bezerro mamava.
Trabalhava o dia inteiro,
E ainda era amojada.
A família tomava leite,
E pro queijo ainda dava.
Requeijão, nata e manteiga,
Pros porco o soro sobrava.

Mal saia do curral,
Na canga era broxada.
Arrasto, carroça arado,
Com parceiro colorado.
Quando a sinta apertava,
Veja só quanta bondade.
Comprar bóia pro ano inteiro,
Vende um boi lá na cidade.

Quando lembro da tristeza,
Da mãe chorando exclamar.
Nossa querida figueira,
Num momento recordar.
Tudo o que ela ajudou,
Dês da família criar.
Por vinte conto de réis,
A velha vaca foram matar.

Clairton Buffon, Chapecó, 03 de Setembro de 2010.
http://poetadaterra.blogspot.com/

sábado, 28 de agosto de 2010

= @ O CAIPIRA MODERNO

O caipira moderno,
De abdômen sarado.
Baço forte, musculatura,
Corpo todo malhado.
A lida pesada do campo,
Exercita é sua academia,
Trabalho que exige esforço,
No arado todo o dia.

Provas do sofrimento,
São as luzes no cabelo.
As meches do chapéu de palha,
Prancha pente e espelho.
A pele que esta bronzeada,
No sol ardente exposta.
Espinhos que o agridem e perfuram,
São os pilches do caipira na roça.

Diferentes formas e tamanhos,
Tatuagens no corpo espalhadas.
Cicatrizes que marcaram a fadiga,
Pra sempre estarão desenhadas,
De em cima da serra gritar,
O eco na canhada é o celular.
Parque, trilha e pisciana,
A Natureza todo dia apreciar.

O jeito estranho de andar,
De quem não tem descansado.
A ginga do caipira da roça,
É humildade!!! E não atrapalhado!
Quem não respeita o camponês,
E de jéca-tatú o chamar.
Troque apenas uma jornada,
E vai tu, lá na roça trabalhar


Clairton bufffon, Chapecó, 28 Agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

@ = AMIZADE

Amizade é uma semente,
Que nasce dentro da gente,
Fecundada pelos VALORES.
No dia a dia convivendo,
Alimentada vai crescendo,
Impalpável, sem cheiro ou cores.

Ela até pode ser forte,
Mas não depende da sorte,
Pra vir um dia frutificar.
Se todo o dia ela é cultivada,
Nunca será fragilizada,
Vale apena preservar.

Seja no esporte ou trabalho,
Sempre será o quebra galho,
Pra quem precisa do amigo.
Ela é pra todas as horas,
Quando sorrir ou choras,
Ombro o encosto, coração abrigo.

Amizade sentimento profundo,
Amigo... amigo enfrenta o mundo,
Ele é pra qualquer hora!
Amizade que é guardada,
Independe a distancia ou jornada,
No amanhã... o ontem faz agora...

Clairton bufffon, Chapecó, 18 Agosto de 2010
Poetadaterra.blogspot.com

@ = SAUDADES DE MEU PAI

Hoje com o coração apertado,
Chorando de saudades emocionado.
Resolvi este sentimento descrever.
A única testemunha foi a mesa,
Que presenciou minha tristeza,
Das lembranças que carrego de você.

Do meu pensamento você não sai,
Chegando mais um dia dos pais,
Não posso mais te abraçar.
Já esta fazendo três anos,
Deixastes o mundo dos humanos,
Foi pra nunca mais voltar.

Ao acordar meu corpo estremeceu,
As cinco horas deste dia você faleceu,
E pra sempre daqui partia.
Sinto saudades do teu abraço,
Pra não chorar então eu disfarço,
Mas penso em ti todos os dias.

Te vejo em que tuas mãos construiu,
Percebo tua presença, mesmo que partiu.
Sou seu filho e sigo teu exemplo.
Uma lagrima no meu rosto rola,
Sei que pra todos é chegada a hora
E se vão, como se vai o tempo,

Clairton Buffon, Chapecó, 02 de Agosto de 2010.
http//:Poetadaterra.blogspot.com

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

@ = ASSIM NASCEU O PODER...!!!

Homo Sapins, os primitivos,
Pré historia, “inicio” da sociedade,
Nômades, o fogo e instrumentos,
Viver em tribos, “comunidades”.
Povos criando seus próprios “estilos”,
Surgem “culturas” e necessidades,
O “Intelecto” e observação “humana”,
“Descobre” o cultivo e a diversidades.

Domesticar animais, suprir o necessário
“Agricultura”, “sobrevivência”, criação,
Sistema de “troca”, “equivalência”.
“Moeda”, “mercadoria”, evolução,
A “civilização”, “conhecimento apropriado”
“Mercado” polis e “exploração”,
Dominação feudos, burguesia,
Império, capitalismo, industrialização.

“Proteger seus interesses”,
O “estado” foi criado,
“Legitimados” pelas “leis”,
“Justificar” os seus pecados,
Começam a “controlar”,
Todos os “recursos naturais”,
Aquilo que “...seria de todos”,
“Está na lei! Foi privado! É capital!”

Uns concentram demais,
Muitos sem ter o que comer,
Reprimem os descontentes,
É legal impor o “PODER”.
São quatro as esferas do “poder”,
Pro povo eles dominar,
O “PODER BÉLICO” origina as guerras,
Não é “crime” eles matar.

O “PODER ECONÔMICO” é concentrado,
Acúmulo e controle financeiro,
Recursos naturais, estruturas,
Meios de produção e o dinheiro.
O “PODER POLÍTICO” legisla as leis,
Executa e judicía no martelo,
Nos plenários e gabinetes,
Tribunais, reprime os flagelos.

O “PODER IDEOLOGICO” é o mais importante,
O qual forma nossa razão,
Criam seitas, controlam as escolas,
E os meios de comunicação.
O “político” é planejado,
Pro “econômico” ser garantido,
O “ideológico” manipula, aliena,
Acomoda com fetiche é iludido,

O “bélico”, chacinas legalizadas,
Se o das “idéias” perder o controle,
Das “leis” que amparam e garantem,
Os “privilégios” dos senhores.
A “escola” prepara as pessoas,
Pra servir o seu ”patrão”,
“Anestesia” as consciências,
Pra “competir” com o irmão.

O “inimigo” é o pobre colega,
No posto de trabalho “competir”,
“Puxa saco” de seu patrão,
Querer ser melhor em “produzir”.
Em cada ano de “eleição”,
A “mais-valia” da força de trabalho extraída,
“Compram” votos nas campanhas,
Pra roda do poder ser “garantida.

Se o povo se “revoltar”,
Usam a “lei” pra calar,
Se “persistirem” exigir os direitos,
Vem o “outro...” pra dizimar.
O “político” quando desmoralizado,
Ameaça o “econômico” desabar,
Fragiliza, coroe o “ideológico”,
O “bélico” é o desespero... e eles vão usar!

Este labirinto, parece sem saída,
É a atual estrutura do “estado”,
Até quando andaremos em circulo,
Igual cão correndo atrás do rabo.
O gigante dos “QUATRO PODERES”.
Acreditem! Está fragilizado!
Existe um “poder” ainda mais forte!
Que é o “PODER do POVO ORGANIZADO”.

Clairton Buffon, Chapecó, 06 de Agosto de 2010.
http//:Poetadaterra.blogspot.com

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

@ = AQUI NO CERTÃO

Sou Camponês e moro na roça,
Vivo isolado da cidade, em um palhoça,
Que construí no pé de uma serra.
Aqui nasci, estou vivendo e vou morrer,
Mas nunca faltou o que comer,
O meu respeito eu devo para a terra.

Aprecio o céu vermelho ao sol raiar,
O espetáculo das estrelas e a luz do luar,
Que reflete nas águas cristalinas do rio.
No meu sertão ainda existe mata,
Que exibe em seu meio a bela cascata,
Que realça a auto estima do nosso brio.

Acordamos com as aves cantando,
Nos carreiros animais selvagens passeando,
O aroma das flores e o zumbir do zangão.
O cheiro da relva, respirar o ar puro,
Colher no pé o fruto fresco e maduro,
Embaixo das pedras pegar peixes na mão.

Sem veneno tudo é produzido,
O alimento por nos cultivado e colhido,
A cada safra, de cada estação.
Arborizamos fontes e mananciais,
O assentamento é conquista de meus pais,
E aqui viverá muitas das gerações.

Clairton Buffon, Chapecó, 04 de Agosto de 2010.
http//:Poetadaterra.blogspot.com

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

@ = O JARDINEIRO

Me lancei jardineiro pra outros jardim,
Cultivei mais um na terra, outro cultivei em mim.
Plantei muitas rosa e alguma outra flor,
No coração uma linda mulher a semente do amor.
Pra rosa a calor do sol e a luz do luar,
E a energia pro amor brota e verte no olhar.
A rosa era regada/com a chuva da natureza,
Pro amor fonte dos beijos realçando tua beleza.

A rosa crescendo folhas, botão, caule e raízes,
O nosso amor para sempre dois Seres serem feliz.
O balançar do vento o sereno na madrugada,
O amor interno fortalecendo o eterno de quem se amava.
Exala o seu perfume a rosa desabrochada,
No florir de duas vidas seio terra afagada.
Abelhas e borboletas enfeitam um dos jardins,
E o outro foi construído para ela e para mim.
Você é a minha semente, e eu sou o jardineiro seu,
Jardim se fundindo a flor, o nosso amor concebeu.



Clairton Buffon, Chapecó, 23 de Julho de 2010.
http//:Poetadaterra.blogspot.com

quinta-feira, 29 de julho de 2010

@ = O POETA NÃO MORE

O Poeta quando more,
Começa renascer,
Suas palavras muitas bocas,
Balbuciando vem dizer.

Germina uma semente,
Na sepultura cova plantada,
Da terra nascem rimas,
Pelas idéias fecundadas.

Atingir ou chegar o inalcançável,
Dos sonhos, imaginação, utopia,
Só o poeta vive na essência,
Pelos versos da poesia.

Enquanto existir vida,
A inspiração do ideal,
O universo poético
Torna-se eterno, imortal.



Clairton Buffon, Chapecó, 28 de Julho de 2010.
http//:Poetadaterra.blogspot.com

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Em teste de postagem
Em teste de postagem

@ = AO COLONO E O MOTORISTA

Companheiros me dão licença,
Pois, preciso lhe falar,
A todos peço desculpas
e a vocês quero lembrar.
Hoje é um dia muito importante,
Para nós comemorar,
Ao colono e o motorista
Uma mensagem eu vou deixar

Não sou nem um poeta,
Mas aproveitei a oportunidade.
Nesses versos mal rimados
falar pra toda a sociedade
aos que semeiam e cultivam os produtos
pra nossa alimentação
e a quem transporta a colheita
em qualquer canto da nação.

A você, que planta o trigo e a mandioca
Batata, arroz e feijão,
Soja, milho, laranja,
Verduras, frutas e algodão.
Industrializa a banha e a carne,
A erva o leite e o pão,
chapéu, queijo e ovos,
Açúcar, lenha, carvão.

Este roceiro que vive do chão
Tirando o fruto da terra,
Arando recostas com pedras,
Colhendo em vargens e serras.
Arriscando com as natureza
Granizos, enchentes e estiagem,
Sem contar das outras pragas,
E os intermediários que levam vantagem

De teus braços saem muitos frutos,
E materiais diversificados,
Transformam os teus produtos,
Depois vão para o mercado.
Teu trabalho não é reconhecido
Pelos nossos governantes
E deixam também sem saída
Os trabalhadores ambulantes.

Esses são os motoristas,
Que vivem na estrada
Se emocionam na sida
E já ansiosos pra chegada,
Caminhoneiro de coragem
Mantendo a sua profissão
Se saudade fosse volume
Já dava a carga do caminhão.

Transporta produtos tóxicos,
Medicinais e de alimentação,
inflamáveis e engarrafados
materiais de construção.
Carrega eletrodoméstico,
Até mesmo confecções,
Em asfaltos, estrada de terra
Na cidade, roça ou sertão.

Distante de suas famílias
Mais longos ficam os dias,
Lembra da esposa e filhos
E chora de alegria.
Abraçado no volante
Com muita presa de chegar,
Mas quando a carga é pesada
Não adianta acelerar.

Pedimos a São Cristóvão
Essas duas categorias abençoar,
São dependentes um do outro
Pra poder se sustentar.
O frete do caminhoneiro
Depende da safra da produção,
Devemos unir nossas forças
Pra mudar essa Nação.

Clairton Buffon, Quilombo- SC, Julho de 1996

quinta-feira, 22 de julho de 2010

@ = AMOR DE UM AMOR

Por você meu coração acelera,
Fica afegante igual subindo a serra
Ouço tua voz ao ouvir a voz do vento,
E me traz toda a paz que sinto por dentro.
Sem você não consigo viver,
Minha força, meu mel, meu prazer,
És as estrelas no meu céu a brilhar,
O abrir dos olhos quando eu acordar.

Vou embalado pelos sentimentos,
Viajo livre em teus pensamentos,
És a estrada que leva meus passos,
Minha liberdade, a prisão de teus braços.
Meu horizonte, meu guia, meu caminho,
Na encruzilhada, a certeza não estar sozinho,
Pela saudade me sinto apertado,
Só me acalmo ao ter você ao meu lado.

Tu és a água pro meu corpo lavar,
Realidade dos meus sonhos ao sonhar,
Da minha luz tu és o meu farol,
A energia que envolve meu sol.
És também o ar que eu respiro,
Só com você e por você eu suspiro,
O infinito do amor e o perfume da flor,
Meu universo, o resumo do amor.

Não és fada nem sonho ou ilusão,
Adeus tristeza, angustia e solidão.
És meu propósito, minha razão,
De duas vidas, em uma vida a fusão.


Clairton Buffon, Chapecó, 16 de Julho de 2010. http://poetadaterra.blogspot.com/

terça-feira, 22 de junho de 2010

@ = UMA JORNADA DA MULHER AGRICULTORA.

Em homenagem a nossa querida Mãe

O maestro da madrugada canta,
Nesta hora a Mãe já levanta,
Retomando diariamente sua rotina.
Sem queixa-se que ainda estava cansada,
Por não dormir emenda a longa jornada,
Mãe, Mulher forte! Cansada e não desanima.

Nesta noite um filho passou mal,
Sem recursos, longe do hospital,
Sofre junto, a dor, revolta e o medo.
Pano e chás quente, passa a noite em pé ao lado,
Ela deita e mal tinha se esquentado,
Sabendo que a jornada começa sedo.

Piazada! Já é hora de todos acordar,
Quem não estuda, levanta pra trabalhar,
Preparar a terra e nossa roça semear.
Aproveitem antes que o sol esquente,
Feijão e milho plantar a semente,
Não é mais frio! Terra úmida pra germinar.

Levanta “Jucí”! Em breve partir pra escola,
Você “Carlos”, põe a merenda na sacola,
Não podem pra aula atrasar.
Primeiro vai tratar os porcos “Chico”.
Depois passar a piazada de caíco,
O rio está cheio! Em dois pra remar.

“Jucélia” vai escovar os dentes,
E depois traz pra mim o pente,
Pra teus cabelinhos pentear.
“Gema” pegue a cuia já pronta,
Diz pro “Pai” que se levanta,
Água está quente pro chimarrão tomar.

“Zaida” cuide da polenta sapecando,
Tem a pequena “Tere” chorando!
Vou trazer ela pra mamar.
Fazem o sinal da Cruz com Fé!
Antes dos “Gêmeos” tomar café,
Depois tem a cama pra arrumar.

Vou pra roça ajudar carpir,
Volte mais sedo você “Jacemir”!
E vai até o rio para pescar.
Vou trazer mandioca pra comer,
Ao meio dia a polenta pra fazer,
Não tem outra coisa pra acompanhar.

Fazer queijo, amassar o pão,
No rio lavar roupas na mão
Tratar vacas, galinhas, leite pra tirar.
Água e trocar de lugar os terneiros,
Adubar horta com esterco do galinheiro.
Chapéu de palha pra todos trançar.

Faz o almoço, já é hora de servir
Tratar os pequenos, a nenê pra dormir.
Novamente a louça lavar.
Assim se esquece até de se alimentar.
No forno de barro batatas assar.
Muitas roupas pra remendar.

A tarde mal começa,
E todos estão com pressa,
Cada um com seu afazer.
Rachar lenha primeiro,
Também limpar o chiqueiro,
Antes de escurecer.

A bicharada chamando,
Um a um novamente lidando,
Depois o banho e a janta terminar.
Todos querem sua atenção,
A mãe de um grande coração,
Até o ultimo se acomodar.

Depois que já tudo é silencio,
Eleva ao céu o pensamento,
Um a um dos filhos beijar.
Depois que todos estão dormindo,
Muito cansaço está sentindo,
Mãe se deita para relaxar.

Clairton Buffon, Chapecó, 22 de Junho de 2010

@ = LIBERDADE

Libertar a consciência,
Das cercas da alienação,
Revolvendo os pensamentos,
Fertilizante da imaginação.

Semear os sonhos,
Regados de esperança,
Nos campos da vida,
O futuro, berço, criança.

Romper as correntes,
Do mal, o comodismo,
Despertar a indignação,
No horizonte, o humanismo.

Germinar os sentimentos,
Enraizados de igualdade,
Alimentando paz harmonia,
Abraçada na dignidade.

A concretude vai crescendo,
Com a força, coletividade,
Parto, o fruto da justiça,
Dar a Luz a liberdade

Clairton Buffon, Chapecó, 21 de Junho de 2010.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

@ = A NOVA ÉTICA DA SOCIEDADE.

Crianças conhecem o sexo, com cinco anos de idade,
A erotização é a ética, predominante na sociedade.
Menores prostituídas, ao longo das rodovias,
Revistas, lojas, jornais, placas de pornografias,

Praça pública, televisão, esquinas, calçadas, ruas,
Jovens, adolescentes, coroas, desfilando seminuas.
Músicas, palavrear, imitação, com gestos encenar,
Humanos pior que animal, sem afeto e amor transar.

Filhas pelos próprios pais, violentadas, estupradas,
Iludidas no contrabando, clandestinas escravizadas.
Exploraçao sexual, o próprio corpo mercadoria,
Escolas, igrejas, trabalho, assédios, pedofilias.

O respaldo da indústria, do sexo liberado,
É o deus da propaganda, interesse do mercado.
Natal e Páscoa de consumo, nudez, carnaval, novelas,
Os museus do futuro serão catedrais, igrejas, capelas.


Clairton Buffon, Chapecó, 14 de Junho de 2010.

domingo, 13 de junho de 2010

@ = ATENÇÃO! VERMELHO, PERIGO! AO CAPITALISMO...

Vermelho na historia, tem forte sentido,
Identidade da Esquerda, direita perigo!
Atleta expulso, sinal proibido,
Balanço econômico fechar negativo.
Semáforo fechado, vermelho,
A luz que indica problema no aparelho.
Borda nas placas de advertência,
Eletrodoméstico, classe menor eficiência.
Ambulância, cruz! Da sirene a cor,
Medicamentos, tarja de indicador.
Tenha cuidado e preste atenção,
Vermelho, com a morte dão relação!
O freio do automóvel ao parar,
E com o vermelho querem nos intimidar.
Vermelho com facilidade é percebido,
Ideologicamente, proletários tem concebido!
Vermelho, o Céu ao sol raiar,
E no poente o dia dorme para descansar.
O Mar Vermelho Moises com o Povo atravessou,
O Exercito Chinês exemplo de Revolução, Lutou, Triunfou!
O nome da madeira brasa, o Brasil herdou,
O gorro do Saci-Pererê, lenda, o povo acreditou.
Vermelho eu fico!!! Reação por estar indignado,
O sangue dos lutadores, que foi derramado!
Horizonte do ideal de um povo com consciência,
É o símbolo dos Trabalhadores em resistência!
Abril Vermelho é um marco na História,
As mãos calejadas Bandeira da vitória.
Vermelho, o fogo que arde e o sol á brilhar.
Bravos, destemidos lutadores em fileiras marchar.
Sangue nas veias que não aceita comodismo,
E acredita triunfar, construindo o SOCIALISMO.

Clairton Buffon, Chapecó, 13 de Junho de 2010.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

@ = TERRA: VIDA SEM VIDA, MORTE DESTEMIDA...

TERRA, bem natural,
Não é mercadoria, patrimônio, capital.
Vejo, no passado e presente,
Gente sem terra, terra sem gente.
Generosa! Alimento, fruto do chão!
Porque, existe fome de pão?
Terra apropriada, gente matada!
Morte semeada, Vidas ceifadas!

Sugada, destruída, maltratada,
Poucos a detém concentrada.
Das sesmarias, propriedade privada,
Ao latifúndio, arame, cercada.
Povos nativos exterminados,
Negros escravizados.
Sertanejos, desprovidos!
Imigrantes, excluídos!

Vejo ganância, explorados, patrão,
Assassinatos, tiros, balas, corpos no chão!
Cercas, sangue, terra manchada!
Omissão, crimes contra a enxada.
Estado, leis, mandados, imposição!
Despejos gritos, choro, caixão.
Violência, repressão, fome, miséria,
Injustiças, Impunidade, barbárie, guerra.

Enfrentamento, resistência, lutas, esperança,
Da terra a semente, um broto levanta.
A morte enfrentada em defesa da vida,
Oportunidade, trabalho, dignidade, comida.
No ventre dos sonhos, povo destemido,
Madruga, não cansa! Povo Aguerrido
Fértil, fecunda, terra pro povo...
Dela e por ela, renascerá o projeto novo!

Clairton Buffon, Chapecó, 10 de Junho de 2010.
http://poetadaterra.blogspot.com/

quarta-feira, 26 de maio de 2010

@ = A MÃE SUJEITO:

Mãe da roça e da cidade,
Trabalhadora explorada
Chegou a hora de despertar.
Para romper com a opressão,
Submissão e preconceito,
É preciso sua força somar.

Seus espaços não são limitados.
O que te resta é acreditar.
Sois, a metade da sociedade,
E a mãe de toda a humanidade.

Foste tu que descobriste
O cultivo agrícola,
Através da observação.
E na existência da espécie humana,
Tens influencias,
Em todas as evoluções.

Pois, as mesmas mãos
Que afagam a terra,
E acaricia os seus filhos.
Também são capazes
De empunhar o facão,
Para cortar as cercas do latifúndio.

O mesmo olhar que aprecia,
Atentamente seu filho crescer.
Sem vacilar...
Faz ronda no acampamento
Para a repressão não surpreender.

O peito, que protege o filho,
O qual se sente no lugar mais
Seguro e tranqüilo.
Demonstra a determinação e coragem,
 expondo-se em perigos
Na defesa da vida.

Aquela mulher generosa,
Com carisma, coração dócil,
Meigo e amigo.
Também guarda a revolta
E a indignação de
Viver numa sociedade excludente.

A mesma mulher frágil
Capaz de chorar junto
Com seu filho que chora de fome.
Também ousa em enfrentar o exercito
E empunhar armas
Na defesa de seus direitos.

Aquela voz suave e macia
Que carinhosamente,
Fica ninando o bebê até adormecer.
Também é capa,
De dar o grito de guerra
Pondose em prontidão para se libertar.

A mesma Mãe que carrega
O feto em seu útero para
O nascimento de um novo Ser.
É o embrião que fermentará
Os sentimentos
Dos novos tempos
Da revolução.

http://poetadaterra.blogspot.com/
Clairton Buffon Chapecó, 19 de Agosto de 200. Alterada 26/05/2010