Vou contar uma historia,
Que não gosto de lembrar.
Uma vaquinha afamada,
Mas me obrigo relatar.
O nome dela figueira,
Baixinha mas respeitada.
Encheu de gado o potreiro,
Todo ano ela criava.
Mal clareava o dia,
Nela o bezerro mamava.
Trabalhava o dia inteiro,
E ainda era amojada.
A família tomava leite,
E pro queijo ainda dava.
Requeijão, nata e manteiga,
Pros porco o soro sobrava.
Mal saia do curral,
Na canga era broxada.
Arrasto, carroça arado,
Com parceiro colorado.
Quando a sinta apertava,
Veja só quanta bondade.
Comprar bóia pro ano inteiro,
Vende um boi lá na cidade.
Quando lembro da tristeza,
Da mãe chorando exclamar.
Nossa querida figueira,
Num momento recordar.
Tudo o que ela ajudou,
Dês da família criar.
Por vinte conto de réis,
A velha vaca foram matar.
Clairton Buffon, Chapecó, 03 de Setembro de 2010.
http://poetadaterra.blogspot.com/
Querer trabalhar é crime! Matar a fome..homicidio é culpado!! Lutar pela Vida, o preço é a morte!!!
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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Este trabalho é um acumulo de conhecimento coletivo no qual apenas dedico parte do meu tempo para dezenhar atravéz de codigos a historia dos bravos LUTADORES da TERRA e pela TERRA, numa forma mais gostosa de ler estas realidades...
Um forte abraço e sintam-se parte desta construção.
Claiton