Não duvido de ninguém,
Mesmo dos cientistas.
Sem a ciência resolvi arriscar,
Meu desafio é modernizar,
Um ser criado por um artista.
De pedra fiz dele o coração,
Coloquei a mão do pilão,
No braço da viola tagarela.
Válvulas peguei na mecânica,
O cérebro matéria orgânica,
Os dedos banana amarela.
O olho de água do poço,
A gravata da roda no pescoço,
Que era feito de abobora.
Cabeça da roda da carroça e repolho,
Careca do pneu cabelo de milho,
Coluna de prédio, mas não dobra.
De alho são os dentes,
Umbigo de laranja parecer gente,
Ouvido esquerdo, da espingarda taquari.
A outra orelha do martelo,
Solas do pé de um par de chinelos,
Pés de moleque no gráfico subir.
Perna esquerda de salame foi feita,
Cara de pau e a perna direita,
E a força elétrica instalar.
A barba de um velho bode,
Do jundiá tirei o bigode,
Na boca de lobo fui colocar.
Escova de baralho lavar os dentes
Da metralhadora o pente,
A rótula do joelho era de cano.
Luva de PVC pra ficar quente
Foi preciso jaqueta de dente.
Mas, a língua de tênis foi por engano.
No banco financeiro deixei sentado,
Com vara criminal educado,
Na panela de ouro a comida.
A colher de pedreiro se alimentava,
Anel de corrente garfo de bicicleta usava.
De pistão vesti a camisa.
Da vírgula construí a casa,
A portaria da lei de entrada,
Com a chave da matemática fechei.
A janela do computador ficou aberta,
Construir o monstro sem mexer na genética,
E menos com a estética preocupei.
Clairton Buffon, Chapecó, 08 de Maio de 2010, http://poetadaterra.blogspot.com/
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Este trabalho é um acumulo de conhecimento coletivo no qual apenas dedico parte do meu tempo para dezenhar atravéz de codigos a historia dos bravos LUTADORES da TERRA e pela TERRA, numa forma mais gostosa de ler estas realidades...
Um forte abraço e sintam-se parte desta construção.
Claiton