Quando meu sertão deixei.
Era uma dúzia de colegas,
Na escolinha que estudei.
Doze horas foram marcadas,
No dia em que eu nasci.
Doze messes se passaram,
Em cada ano que eu vivi.
Aqui só vejo calçada
E lá nós tinha o terreiro,
Hoje meus amigos só na net,
Lá jogava bola no potreiro.
Doze horas tinha o dia,
Brincar na roça e trabalhar.
Doze também era a noite.
Vigiada pelo luar.
Doze membros da família,
Que na mesa se juntava.
O pão tirado da terra,
Nós mesmos quem plantava.
Hoje só tem veneno
Antes tudo era natural,
O transgênico altera a vida,
Pra aumentar o capital.
Doze cordas minha viola,
Tem ao longo de seu braço.
Abraçado nela e nos acordes,
Canto a vida e ganho espaço.
Doze eram os discípulos,
Ao Jesus acompanhar.
Vão te matar de novo,
Se na terra o Messias voltar.
Sois você o Rei do mundo,
Pai, Filho e o Criador,
Hoje o homem domina tudo
E disso tudo será o destruidor.
Clairton Buffon, Chapecó, 01 de Maio de 2010, http://poetadaterra.blogspot.com/
Que lindos seus poemas, que profundidade, seu blog é tudo de bom. Adorei sua descrição tmb.
ResponderExcluirOntem em busca de uma poesia para o dia das mães... fui usar a ótima ferramenta que é o google. Digitei poemas mães, e entre diversos sites, cai em um que lá entre tantas, estava o título... mãe terra e mãe mulher, já gostei por isso. Qndo comecei a ler... começou a se encaixar perfeitamente no que eu buscava, algo mais profundo, menos delicado e mais realista.
Sou vegana(vegetariana "radical") por uma questão de ética, por respeito e amor pelos animais... e tudo que fala sobre a natureza me atrai e cai feito uma luva nos meus blogs.
Nunca imaginei que o altor daquela bela poesia tinha um blog próprio... parabéns. Já li algumas agora e quero navegar por ele e ler todas.
Agora já conheço seu cantinho... e vc o meu, materemos contato por email tmb.
Abraço.
:)